Alma

Alma

Nas línguas dos velhos tempos as duas ideias alma e espírito são expressas por meio da metáfora o sopro da vida. De fato, as raízes etimológicas de “alma” e “espírito” significam “sopro”, “alento”, em muitas línguas antigas. As palavras para “alma” em sânscrito (atman), em grego (peneuma) e em latim (anima) significam, todas elas, “alento”. O mesmo é verdadeiro para a palavra que designa “espírito” em latim (spiritus), em grego (psyche) e em hebraico (ruah). Todas essas palavras também significam “alento”. [1]

Sopramos palavras e ações... as expressões da alma ou do espírito. Os seres, a vida transcendem o biológico ou matéria, por meio da expressão da inteligência nas palavras e ações no mundo. A essência de ser e viver.

Para Buda, a mente impura seguem atos impuros e estes trarão sofrimentos [2]. É preciso compreender que a mente/alma pode mudar suas palavras, seus atos, o seu sopro pela vida. Pode deixar de ser mal para ser bom, impaciente para paciente. No biológico cada um será o que sempre foi na concepção, já a mente, a alma pode evoluir. Pode sair do estado inferior e buscar o superior, da imperfeição à perfeição. Em função do livre arbítrio e da própria identidade, cada um modela a si próprio, cada um busca a sua identificação no universo, a própria perfeição.

Nessa busca os seres não estão desamparados, há uma voz universal que os alenta. Para os brâmanes a “Voz da Divindade”, para os budistas “daimon”, para Sócrates simplesmente a voz interna. Recentemente muitos autores chama a voz da consciência, a voz do “Eu”, “a voz do Espírito” no homem.

Compreender que a alma participa no universo, evolui, eterniza, é a chave da felicidade para ser e viver.

Sejam felizes!

[1] A Teia da Vida (“The Web Of Life”) – Fritjof Capra – Editora Cultrix – São Paulo – Edição 8 – pagina 209
[2] A Doutrina de Buda 123

José Humberto C Soares

Enviado por José Humberto C Soares em 03/08/2012

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